Além
Não me venha com esta poesia São Paulo-Rio
Se você não sabe sou um pouco mais distante
Meu poema é cerrado,
Escarpado de um mais profundo BraZil
Não me venha desta ponte aérea
Caia pra mais perto de mim
Perto demais do azul, perto demais do só, cola aqui
Sou mais profundo que a pele salgada das praias
E o balançar das garotas em Ipanema
Sou mais profundo que o mar
Não me venha de olhos fechados
Nos passos de Rondon
Existe um pouco mais, existe
Pouco mais acima, logo ali adiante
No abraço continental, muito chão
Muito chão depois da ponte aérea
Milhões de cenários sou, quintal dos deuses.
27-11-2011