MÃOS

Mãos que nascem para alegria de mãos que se amam,

Mãos que se agitam. Mãos que choram...Que reclamam;

Mãos que se contorcem da palmatória dos maus,

Mãos que engatinhando tentam avançar uns degraus;

Mãos que sob outras mãos as primeiras palavras escrevem,

Mãos que fazem o que convém...Às vezes que não devem;

Mãos que se humilham. Mãos que se exaltam...Que se isolam.

Mãos que estudam. Mãos que colam.

Mãos que juram frente ao altar eternamente dadas,

Mãos solteiras. Mãos casadas;

Mãos que se separam de outras que esforços mão medem.

Mãos que se agitam, que se acenam,

Mãos que se despedem.

Mãos que ficaram. Mãos que partiram,

Mãos que choraram. Mãos que riram;

Mãos que venceram... Mãos que não conseguiram.

Mãos trêmulas pelo tempo, trêmulas pela vida,

Mãos cansadas, mãos sofridas,

Mãos sábias... Mãos vividas.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 14/11/2011
Código do texto: T3335970
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