Você dedilha na folha tudo errado
Você dedilha na folha tudo errado
Marcos Olavo
Você dedilha na folha tudo errado,
Quebrando a minha educação de tempo,
Desvalorizando tudo que conheço,
Fazendo meu tedio aberto.
Você gosta de ler nada complicado
Vacilando a tua vida doida,
Que te faz ser a menina sem noção,
Na tomba do deserto enterrado.
Falta em você algo belo,
Algo que revele a cor do amor,
Que desce do céu animado,
Que às vezes vai derrubar em lamúrias.
Você nem sempre fala o que gosto,
Quando usa o que aprendeu na dor,
Negando o toque suave de sua voz,
Em novo canto intitula.
Você fala de uma magnitude bela,
Que fez ter quando criança,
Perdendo pra sempre nesta noite,
Que canta todos os versos azuis.
Você vai tentar me explicar,
Em cada cavalgada demorada,
O valor da paz negada,
Em um lugar sem falha.
Espero sentado na tristeza apanhada,
O teu aperto do sincero esquecido,
Que um dia conheceu a paixão,
Que desfilava de graça pra todos.
Você precisa tocar o sorriso,
Respeitando o meu velório,
Que sai pra rua da cor de ontem,
Mesmo você vendo nada aprende.
O pouso da fingida ave,
Que faz sonhar em ser livre,
Na altura jamais achada,
Na pior lembrança feita.
O tom da noite não ouve,
Parou não veloz que se perdeu,
Na criada ensinada pra nós,
Que hoje usa nunca usou.
Sempre canta nos desperdícios,
Dos cantos de aves mortas,
Que vão até a terra jorrada,
Pelas as mãos de quem não sabem.
Chegarei à mira desse tempo,
Respondendo a única indagação,
Que vai ser preso agora,
Por negar a vida nascida.
Cresço valorizando o perdão,
Na caixa de fosforo molhado,
Que lamúrias fizeram o carente,
Aprender sobre o sofrer.
Um amor sem mel no coração,
A paixão de sal na vida esquecida,
Que você faz o melhor dia nascer,
Dando banhos de misericórdia.
Afundo esse assunto sem fundamento,
Acreditando que o dançante escrito,
Posso te deixar cair da cama,
Pra uma nova esperança.
escrito por: Marcos Olavo