VOCÊ: A PALAVRA PERDIDA EM MIM REENCARNADA
Você,
Sonho da minha infância;
Você,
Palavra perdida de um verbo não mais conjugado
Em outras pessoas, preso apenas nessa primeira pessoa
Egoísta do meu projeto singular;
Você,
Infinito particular de prosopopeias românticas, destinado
Aos loucos que ainda acreditam na suavidade da carne;
Você,
Tempestade de ilusões que afeta minha visão, distorce
Meus medos e faz das minhas dores uma história;
Você,
Vitória perfeita em batalha sangrenta;
Você, destroços da alma repousados sobre os lírios
Dos nossos particulares jardins secretos, enfeitados
Com corais de vivacidade;
Você,
Cintilante criança que baila ciranda em meu cadáver apaixonado;
Você,
Epifania dos receios silenciados pelos toques delicados
Dos nossos lábios de cetim – amor;
Você,
História sem fim do meu alaúde de tristeza, embalsamado com
O néctar do cupido decidido a viver nos flechando ao longo
Dos anos, no eterno cintilante, desejo do amor;
Você,
Imitação perfeita da arte em contornos poéticos, sentado
Em minha carruagem não mais solidão.
Você,
Viajante do meu corpo, senhor dos meus segredos, feiticeiro
Da minha alma, assim com sua magia, prendeu-me
Em teus laços de homem destemido, afogando-me em teus
Batimentos – coração – amor.
Você,
Reiteração da minha alma, coração.
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