Ter Liberdade
Ter Liberdade
Marcos Olavo
Sem ter feito antes os planos,
Pro fundo dos panos.
Chame minha tristeza nesse frio, por favor...
Não esqueça de gritar, quero ouvir o apito.
E assim quebrar minha cana,
Meu silêncio, minha vida...
Eu sei que é capaz de fazer tanto barulho.
Seja nessa visita, minha vista de cego.
Use pedaços de vidros,
Porque só assim verá o assassino.
Não deixe de sorrir,
O abismo ama isso.
Invente algo, uma animação,
Uma linha rara.
Mas brilhe, quebra essa linha surda.
Que não ouve conversas ricas.
Deite na rua de lençóis,
Pois só haverá ela.
Seja esse choro, esse assopro.
Não invente besteiras.
Pague o ladrão esse preço,
Ele vai te levar.
Não seja dura, nem sem alma.
Avalie esse tempo sério,
Pois em tudo haverá o gosto.
Serão apenas os pisos de um chão velho,
Preste a cair do sorriso. Pra não esquecer,
levante a bandeira. Porque ninguém mais faz!
Finalizo sendo seco, Inventando o copo de vidro,
Que na visão miserável,
Estão todos os cegos apelidados.
Sei que é engraçado, mas não vire a atenção.
Porque há tempo pra distração.
Você sabe melhor do que eu,
Dou mais um dia, pra caídos, pra amigos, pro sincero,
Que nascerão do mágico.
Sei que posso ter liberdade,
De ser o que quiser.
Mas, não posso errar outra vez,
Comigo.
Tento lutar contra medos,
Medo de não vencer,
Medo do feio,
Medo do assustador.
escrito por: Marcos Olavo