ATÉ QUE ENFIM
Até que enfim
Marcos Olavo
Aplausos do tempo banido pelo o amor,
Que é vendido pela pobreza nascida,
Do valor emprestado em farra,
Na cara do sádico momento.
Você sonha com a dor em mãos,
Na pior época criada por mim,
Numa queda sem visão perdida,
Na melhor andada agora.
Hoje eu sei sem perder a hora,
Vendo a lembrança do tempo perfeito,
Na vergonha acreditada nessa data,
Que leva flor tão sem amor.
Você usa o toque das navalhas cegas,
Aproveitando tudo que é imperfeito,
Carregando a luz sem voz,
Que ilumina essa noite.
Até que enfim eu te fiz aqui,
Essa bela canção trazida pelo o trovão,
Assassinando sem piedade tudo nascido,
Sem deixar essas folhas sujas.
O sentido das coisas cansadas,
Nas mãos do errante aprisionado,
Deixado pelo a tristeza jorrada,
Na pele manchada do esquecimento.
O roubou veio na incerta decisão,
Levando tudo sem dó hoje,
Que apenas restou o vazio,
Tomada pela desilusão.
Um amor arrancado pela a ladra,
Aprendida pela a vida sofrida,
Na prisão da miséria vista,
Pelo o sol do bom dia.
O honesto poeta que sou,
Ferido pelas armas do mundo,
Feito pelo o inteligente individua,
Que nessa vida foi tirada.
Por você eu ia a qualquer lugar,
Mesmo quebrando o meu respeito,
Que hoje não vale mais nada,
Neste violento saudoso.
Nada mais me faz brilhar,
Neste toque de lua na tua nua,
Que vejo em cada olhar no céu,
Que canta sempre pra nós.
Levo as flores do quintal nosso,
Pra brindar o nosso colapso,
Na cara forte de um tempo,
Que havia sorrisos e risos.
Prefiro olhar desse jeito,
Sem um beijo doce,
Nem mesmo sem tua presença,
Que chora sem esperança.
Hoje você levou a felicidade,
Deixada na margem de qualquer rio,
Que o mar feroz deixou vestígios,
De um tempo de romance.
escrito por: Marcos Olavo