POBRE A MENTE QUE NÃO SABE SOBRE O AMOR
POBRE A MENTE QUE NÃO SABE SOBRE O AMOR
Marcos Olavo
Enterro as minhas palavras no seu cemitério
Fazendo um túmulo escolhido pelas dores em mim
E por saber que um dia irá até lá para me ver
Levando ao teu pensamento cada risada falsa.
Ponho as mãos na enxada pra enterrar minhas saudades
Juntos com os livros em minhas atitudes que estão sendo inventados
E faço deles todas as brigas infantis e inúteis que vem de você
Saiba que pulo um muro antigo pra chegar à terra nova
Porque serão engolidas por um buraco enorme.
Pobre a mente que não sabe sobre o amor
Pois hoje se enterra o saber de todas as palavras
Juntamente com um romance deixado pela dor
Perceba que nunca neguei sobre a navalha
Que partiu todas as palavras feitas pra você.
Nessa noite escrevo dentro de um túmulo
Como já estão jogando as cinzas sobre mim
Sem saber que estou em falência provisória
E nem querem conhecer sobre a minha despedida.
Aqui no cemitério me encontro com o corvo bem azul
Porque pensava em ser preto brilhoso
Mas vi um engano nesse espelho cego
Assim a lenda desce aos olhos arriscados.
A cada jogada de cinza em cima de mim
Eu espero alguém acordar do erro primário
E perceber que não estou morto mesmo
E só estou deitado em um sono de criança.
Tenho muitos sonhos infantis agora
Porque quero sossego de tanta guerra petulante
Eu canto em voz de ópera pra você me ouvir
Na hora do enterro inútil a mim
E quando chegar levante com a corda
A minha cama cheia de mentiras.
Os monstros me enterraram nessa noite
Porque você pediu mulher estúpida
E quis a minha despedida hoje,
Mas voltou querendo ser a melhor de você
Sendo o seu lado ocultado tanto revelado
É por isso que ergueu o cinto pra me salvar.
escrito por: Marcos Olavo