DELICTA

Delicta

Vem! Espero-te à porta, entra sem bater,

Vislumbra-me com demora, sacia o meu prazer.

Faz-me brisa após a tempestade,

Embriaga-me em sonhos, despe os meus planos.

Conta o teu último segundo de solidão

Chegarei de repente, num instante

Afagarei cada arrepio do teu corpo

Na ansiedade do teu coração.

E por ser um desejo demente, doente, inquieto

Contemplo-o desnuda, intensa, impaciente

Espero o teu toque a inundar os meus sentidos

Que me venha em silêncio, intenso, pretenso.

Aqui estarei em alta madrugada,

Despirei teu corpo à beira da janela

Onde amas a lua na visão do mar

Quero teu prazer aberto, tua ânsia de me encontrar.

Apaga o lume da minha tristeza, faz-me companhia,

Traduz minhas palavras secretas, finaliza o meu dia,

Apalpa a minha ansiedade, põe fora a complexidade.

Quero-te simples e infinito, degusta-me do jeito mais bonito

E no final do êxtase em movimento,

Quero teu suspiro, em último momento

Recosto ao teu lado ainda em devaneio,

Acariciando a maciez do teu seio.

By Luciana P. & Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 13/11/2011
Código do texto: T3332646
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