Abriga-me

Senta aqui, atende ao meu apelo em silêncio

Desfaz minhas magoas já tão massacradas da tua ausência

Relata tua saudade não desfaz nossa conquista

Me abriga no nosso ato, de fato sem amarras

Seduz com fúria, em loucuras se perde em meus desejos

Traduz essa entrega sem pressa com comoção

Abala nossas estruturas trancafiando meus ardentes beijos

Em uma boca ávida de querer

Perdoa as horas deixadas como rastos de ausência pelo tempo

Não neguemos as evidências tão expostas, tão jogadas na nossa cara, sem nenhuma falha;

Sucumbiremos nesse ato sem demora com apreço

Sejamos apenas aquilo que o amor nos cala

Sejamos o escárnio das vontades escancaradas

Permita apenas eu e você impregnados de desejos e anseios

E na fuga da nossa liberdade o cárcere do nosso amor é perpetuo

É muito mais do que eu, ou você, é o NÓS na sua blindada totalidade.

Edeneide Xavier
Enviado por Edeneide Xavier em 12/11/2011
Código do texto: T3332503