Os sons do amor
Ele chega de mansinho
Toma conta do teu corpo e arrebata
Penetra nos poros devagarinho
Sem que percebas, já escutas o sininho!
Então, o destino toma um rumo solitário...
O arrulho dos pássaros faz companhia ao descaso
Às insones madrugadas tão intensas e sombrias
Até amanheceres aos nebulosos e desertos olhos de sal
A vida segue assim tão perdida!
Que o valor das lágrimas segue esquecido
Talvez à sina de um amor ausente, desdita?
Trazendo na memória uma visão de ar cativo
Os sons do amor insistem em soar, penetrar e ficar...
A procura de uma fonte de ilusão mesmo imaginária
Onde sombras se abraçam e se abrasam até o pó
Numa inútil andança à loucura dos sons de amar!
São Paulo – SP
12/11/2011