Amor

Fogo que arde no peito e parece apagar,

Mas será que continuas a me incendiar?

Chama, por que comes minha lenha?

Mas a brisa responde com o ar,

Sussurrando me amar

Sem que ela decifrar a chama tenha.

Mas por que será que não se apaga?

Oh contentamento das chamas mortas,

Quero-te como a serra que a madeira paga

Com pedaços de árvores que aquela corta.

Mas insiste e arde,

Morte suspeita da solidão,

Sentimento oposto a Hades,

Habitante eterno do coração.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 12/11/2011
Código do texto: T3332308
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