O ESMIGALHADO ENSAIO DO SILENCIO
Quanto difícil olhar os reflexos dos olhos.
Sentir todos os corpos esmigalharem e misturarem ao peito.
Sei de sua dedicação em meus prediletos começos e recomeços.
Guardo em mim teu cheiro acre de gesso raspado e tutanos expostos.
De hora marcada ceifará a mim tua presença, mesmo que o sangue do cordeiro estiver em minha porta, aqui você passará.
Pegue – me a mão, deixa fluir a dispersão desse amontoado saco de carne e ossos, nessas ultimas frações das lembranças.
E quando estiver perdido em algum lugar de algum tempo entre sombras e espaços obtusos.
Saberei que as imagens estarão pulverizadas e inexoravelmente todos os caminhos que retornarão para casa estarão esquecidos.