Ponto de Ônibus
Eu não a vi no ônibus que ia à sua casa
Naquele mesmo lugar que sempre se encontrava, cansada
O intinenário repetitivo de uma hora marcada,
Sem dúvidas vagando e velezando em outras barcas.
Derepentemente feliz em alguma avenida
Tragando quem sabe, não sei
Qual teor alcólico de uma qualquer bebida.
Com a saia rodada acompanhada de uma blusa bordada,
Ou quem sabe com a sandália de dedo rosada, num canto guardada já descalça
Que te calça e andas e te dar asas.
Eu não faço tempestades com esse copo
Que se esvasia entre espumas e se enche logo,
Ainda que nessa piscina dourada você insisti em se afogar,
Me explicando que hoje é feriado, onde todos nós podemos nadar.
E o conteúdo bebido lhe proporciona sorisos,
Molhados na boca, palavras gestos, mudos pedidos.
Tenta palavras e coisas,
Certamente dizendo coisa por coisas,
Gesticula outras coisas,
Abdica das palavras soletrando a mesma coisa.
E o jovem que a esperava seguiu a jornada,
Pelas ruas cruzadas,
E a chuva desfarçava deixando sua cara toda molhada,
No momento que chorava.
E lá estava ela esperando,
Já em outro ponto de ônibus,
Com um sinal verde no olhar,
Das pupilas dilatadas brigava com as moedas a passagem a pagar.