O FURTO
Na incógnita do meu viver
Singelo invasor sem perceber
Invade meu peito como poceiro,
E as artérias desapercebidas
Alcovitam presença do forasteiro
Que cavalgando disfere seu laço
Na magia de um abraço
Impregna um amor verdadeiro.
Como odisseia entre nuvens
Sopra o vento sorrateiro
Atingindo com furor o coração,
E a essência da brisa soprando
Invade este ser fragilizado,
Como um ladrão se passou
E a chama do amor lançou
Neste coração já cansado.
HÓ! Doce invasor furtivo
Em meu ser te radicaste
E minha alma conquistas-te
Com ternura e sedução,
Retiraste de mim a apatia
Devolveste-me a alegria
E roubas-te o meu coração.
J. Coelho