RARA VISÃO

Após um árduo encerramento

De mais um ciclo de meu labor,

Vagando a Exmo. desapercebido

Pelo marasmo do desconhecido

Ao entardecer n’um dia de calor.

A lua se preparando

No clarão do seu brilhar,

As estrelas se agrupando

E eu, a odisseia fitando

Na incógnita do meu sonhar.

De repente como n’um sonho

Sem saber como ou porquê,

Tive uma rara visão

Que tocou o meu coração

Envolta em nuvens, ‘você’.

No balbuciar da bem-querência

Na eloquência do meu querer,

Com o deslumbro da tua imagem

Na retórica de minha passagem

Deslumbra todo meu ser.

Súbita e rara visão

Invadiu a simplicidade do meu ser,

Pão da vida e luz de Minh’ alma.

E do meu eterno viver.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 11/11/2011
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