RARA VISÃO
Após um árduo encerramento
De mais um ciclo de meu labor,
Vagando a Exmo. desapercebido
Pelo marasmo do desconhecido
Ao entardecer n’um dia de calor.
A lua se preparando
No clarão do seu brilhar,
As estrelas se agrupando
E eu, a odisseia fitando
Na incógnita do meu sonhar.
De repente como n’um sonho
Sem saber como ou porquê,
Tive uma rara visão
Que tocou o meu coração
Envolta em nuvens, ‘você’.
No balbuciar da bem-querência
Na eloquência do meu querer,
Com o deslumbro da tua imagem
Na retórica de minha passagem
Deslumbra todo meu ser.
Súbita e rara visão
Invadiu a simplicidade do meu ser,
Pão da vida e luz de Minh’ alma.
E do meu eterno viver.
J. Coelho