LUAS AZUIS E O CÉU VERMELHO
(Sócrates Di Lima)
Dos olhos azuis o brilho celeste,
Do brilho celeste a alegria de um bem querer,
Com um sorriso que meu amor veste,
Na comunhão que faz valer o que tem que ser.
O azul de cada Lua,
Que tanto nos abrigou,
Que conbriam as águas a vontade nua,
Que tanto nos abençoou.
As luas que no outro céu ficaram,
Tocáveis sempre que o amor desperta,
Empunhando as saudades levaram,
Para o céu vermelho sobre água certa.
E no aroma que queimava o céu,
Sob chamas que luziam a escuridão,
Sob o vermelho em pétalas espalhadas como véu,
Cobrindo o ninho das aves em paixão.
E o tempo se perde diante da fantasia,
Sem hora de voltar no caminho da ida,
Que as lembranças fervilhantes é poesia,
Que recebe o nome de saudade sem partida.
Então, misturados nas cores que a alegria celebra,
Mesclam pactos de amor e felicidade,
Como cada momento que se eterniza e redobra,
No caminho da aliança entre o amor e a saudade.
Ah! Se o coração tivesse mais espaço,
Para acomodar o amor dela e meu,
Eu seria maior do que o meu próprio abraço,
E Basilissa ainda maior de todo amor que já nasceu.
Luas azuis em noites de saudade,
Enfeitam o amor no seu tom maior,
No céu vermelho de fim de tarde,
Faz a união perfeita e ainda melhor.
Tantas cores fazem sonhos e caminhos,
A imagem do amor no nosso próprio espelho,
Tantas ternuras, vontades e carinhos,
Na mistura dos sonhos nas luas azuis e no céu vermelho.