Meu Filho...
Não quero te ver parte da noite,
nem o riso demente a te cobrir a face,
minh`alma chora a este açoite,
e tua vida não merece tal desenlace...!
São dores que cruzam os vales da vida,
um cárcere que aprisiona a juventude,
a cada dia és um pouco mais despedida,
no torpor silencioso que a alma ilude...!
Quem dera o brilho de teu antigo olhar,
ao fosco que hoje consome teus dias,
é triste ver que nada se há pra buscar,
nem o amor, nem a vida, tampouco alegrias...!
Quero acolher-te de onde você estiver,
ser a luz guerreira que te traga a paz,
o amor que pousa no filho onde estiver,
o que faz na ternura, a dor, fugaz...!