LOUCO QUERER...

Hoje acalento o louco em mim

Para não me esquecer de minha insanidade

E morro de sede todos os dias

Para não beber

Das águas de minha (in) salubridade

Vou tentando não enlouquecer

Ante o deserto de minhas vaidades

Vendo surgirem fontes tardias

Que vão desaguar

No leito dessas profícuas e áridas verdades

Quando germinam inodoras flores negras

Florescem jardins de secas ilusões

Regadas por minhas lágrimas

Tentando não sucumbir

As miragens de superficiais explicações

Mas basta um contato

Algo que venha de tua presença

Tudo então se torna vivaz

E o mentecapto em mim

Sensatamente enche-se de esperança

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 10/11/2011
Reeditado em 10/11/2011
Código do texto: T3328497
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