EU E VOCÊ NOS CONFINS DO COSMOS...

Gostaria de levá-la numa viagem pelo Universo,

Em tal jornada seguiríamos quais exploradores

Conhecendo, observando todos os astros do céu;

Inebriados pelo amor, nosso amor, e o Divino,

Confundir-nos-íamos na poeira dos astros e,

Quem sabe, na magnitude do infinito celestial,

Constataríamos nessa imensidão quantos lugares

Divinais onde poderíamos aportar e viver.

Mundos em que não existem sentimentos rasteiros

Quais os na Terra, paraísos celestiais onde o amor

É natural; mundos sem guerra, onde a paz reina pura,

Onde os lá residentes são felizes e tranquilos.

Nesses paradisíacos lugares a luz é uma constante,

Não conhecem doenças, dores, os seres volitam,

Os corpos são tão diáfanos, de beleza singular,

Em nada se parecem com nossos pesados fardos,

E, tais seres se vissem como agem os terráqueos,

Suas ambições, a sede de poder, o orgulho, egoísmo,

O desprezo pela própria casa em que moram,

Chegando ao ponto de causar sua extinção,

Não acreditariam no que estivessem vendo...

Entrementes, nós dois, ali, naqueles confins do cosmos,

Ao ver tanta beleza, tanta felicidade, tanto amor,

Ficaríamos extasiados, exultantes com a perspectiva

De uma vida juntos em tais ninhos estelares...

Só que, ao cairmos em si, perceberíamos que temos

Muito a ver com o planeta água e teríamos de voltar,

Continuar nossa caminhada, sendo bons, adquirindo luz,

Para, um dia, num futuro radioso podermos experienciar

A vida que vislumbraríamos em tal jornada às estrelas...