O vento te faz em mim um louco

O vento te faz em mim um louco

Marcos Olavo

O vento te faz em mim um louco

Varrendo um céu apagado do tempo,

Quebrando a minha vida em dois,

Em um só golpe agora.

A hora é agora infinita linha,

Fazendo o começo de volta,

Na queda maldita de dias.

Afinadas nas palavras ilegais.

Você usa a tua arma camuflada,

Na miséria de uma navalha antiga,

Que corta apenas a minha tristeza,

Nascida de desiguais farras.

Ouço bem alto toda canção infeliz,

Numa só batida de trovão,

Que me leva a pensar em nós,

Sem ser desonesto comigo.

A violência das frases novas,

Sendo usadas por uma voz demente,

Que me deixa doente sempre,

No pior lugar encontrado.

Queria apenas aprender a ser feliz,

Na travessia do cego destino que acho,

Vendo nada e nem me guiando,

Numa amiga linha sem esperar.

O amor nada sabe explicar,

Nem falar o que pode transformar,

Quando chora na perda de alguém,

Que também vai sofrer.

Reclamo de tudo sem tocar a sincera,

Reagindo de uma forma da guerra,

Que sobra mais ninguém,

Nesse tempo de cinzas.

Quero um sinal dos céus estranhos,

Nesta noite infinita,

Que me ensina sobre a dor,

Olhando o fardo pesado.

Saio na verdadeira fala,

Que nada negas sobre mentiras,

Que estão banhando minha vida,

Rasgando essa triste ferida.

Deito na rede da sede,

Sentindo um vento com olhos fechados,

Na noite tão culpada por nós,

No acender de todos os fósforos.

A vida me ensonou nunca perder,

Neste dia de risos e perdas,

Em volta do horror dito,

Na veloz do teu pesadelo.

Nasceu a pior queda,

Sem perder o embalo,

Nem o balançar da tua irá,

Que é mordaz na olhada.

Tenho apenas um começo,

De um segundo doido,

Que varre minha saudade,

Em outro caminho.

Escrito por: Marcos Olavo

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 09/11/2011
Código do texto: T3326849
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