Escreveste sobre um pedaço de papel
Escreveste sobre um pedaço de papel
Marcos Olavo
Não acredites que eu faria lançar sobre a lua,
A tua carta da natureza em particular,
Sendo madrasta em uma chama do perdão,
Trazida em uma mesa no lixo,
Cava teus monstros sob a lua,
O pensamento silencioso exibido,
Na caixa de provocações,
Nascendo algo leso.
Seus amigos são deixados,
Na pior despedida escrita,
Em cada adeus falso,
Que perde explicando.
Não me atormenta esse escrever cego,
Que percebe caminhos espinhosos,
Da piedade em liberdade invisível,
Acreditando no impossível.
Falta como amigo prometido,
Finge ser uma amiga sincera,
Falando de vida crescida,
Em uma linha ou duas.
É tão doloroso ouvir isso,
Mesmo sabendo de suas mentiras,
Uma arma usada por você,
Em cada corte de navalhas.
Não tinha paixões pra gritar,
Achando uma humilhação tal coisa,
Que perturbava sua motivação,
Penalizando a culpa em todos.
Nesta carta seja o fim,
A mesquinha tragédia,
De suas mentais lenha,
Que faz chover o tempo todo.
Um dia é uma eternidade,
Sem o tom da igreja,
Que faz acordar a sua voz,
Nestes cantares meus.
Sou um homem querendo voar,
Nas asas de um a anjo perdido,
Nessa terra deformada,
Pela a mão do horror.
Se esta carta tivesse voz,
Tocaria a tua distraída vida,
Quebrando a parede vermelha,
Que completa a noite deixada.
Meu intruso pede licença,
Pra falar dessa escuridão tola,
Que faz meu escrito tocar os céus,
Das invenções cruéis.
Cresce a verdade encantadora,
Neste papel nuvem,
Que atravessa essa parede pintada,
De uma cor sem ter nome.
Dia e noite maldita,
Na frente perdida,
De uma longa armadilha,
Feita pela a tua dor.
A dourada mira que chaga a você,
Tomando a educação em mãos,
Olhando um belo céu novo,
Pra sobreviver de uma paixão.
Em verdade acreditará,
A minha corrida contra o tempo,
Que passa a paz procurada,
Que nunca verá em outro lugar.
Escrito por: Marcos Olavo
Surpresa: "A vista transforma-nos em Calhaus."