CAMA VAZIA
 
Mais uma vez arrogante,
invade a minha janela;
a cortina em “voil” tremulante
parece sentir-se mais bela
e a cama vazia reclama,
pois está à nossa espera.
 
Demando-lhe, ó Lua, pudores,
seja, por mim, mais discreta;
não incite meus dissabores,
o amor consou-se da espera;
e eu recolho meus sonhos,
abrigo-me noutras quimeras.
 
Rogoldoni
08 11 2011


Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 08/11/2011
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