Morta, a Rosa

Na mesma sala de recepção,

observo o ambiente,

meus olhos param na rosa.

Fria, triste...

a rosa de plástico áspera,

drástica imitação tecnológica.

Às vezes me sinto assim,

igual a rosa,

não nasceu,

não cresceu,

não tomou chuva,

não sentiu frio.

Só no calor das máquinas,

elétricas, mecânicas, metálicas.

Dali irá para um depósito,

para o lixo.

Às vezes me sinto assim,

igual a rosa, entulho ecológico.

Na mesma sala, eu e a rosa,

fria, triste, morta...

Morta a rosa.

Autor Karlos Brasil

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Karlos Brasil
Enviado por Karlos Brasil em 08/11/2011
Código do texto: T3323811
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