ULTRA ROMÂNTICO
Te amo, pois morreria se não amasse.
Morreria sobre o fogo ardente do amor,
Que queimaria o juízo se não o decepasse.
Morreria de todo acúmulo no peito a dor.
Te venero, te quero e te vivo,
Pois sou escravo da sua beleza rara,
Sou inocente prisioneiro, sou mito,
Sou a larga colheita em pouca safra.
Sou barro e carne feito com as mãos,
Que falam que grita, que peca,
Que penetra profundamente a solidão,
Resiste, mas racha e se quebra.
Sou tão amor que exclui a dúvida,
Sou tão amor que da orquestra, sou o cântico,
E tão ardor que me transformo em música,
E mais que amor, sou ultra romântico.