Velho desejo
Vi teu rosto de novo
Eu vi o que não via ha tanto
Senti, ora, devo dizer!
Velho desejo: morrer
A tua carne igual a minha
As tuas mãos, a minha vida
E os teus olhinhos tão iguais
Àqueles, daquele dia
Mas que saudade inefável
De um inexistente abraço!
Tão Preso em versos passados
Como quis um desgraçado!
E este rosto, nariz, lábios
E os ossos, de cima a baixo
Distantes, que me inibem
De seguir assim tão livre!
Vi teu rosto de novo
Eu vi o que não via ha tanto
Senti, ora, devo dizer!
Velho desejo: morrer.