Jeito de amar-te...
madrugada salgada,
solidão em cavalgada;
linhas do caminho,
são estradas...
felicidade previsível
no imprevisivelmente;
um arco íris no meu quarto
encantando o desencanto;
teu perfume em cada canto,
presença reticente...
interrogação na ausência;
deita no colo da saudade
e as lembranças buscam
teu olhar no jeito de amar;
vejo-te irrealidade,
sentir-te real...
sonhar-te e saber-te
tão meu nas incoerências
e, na insensatez do coração;
amar-te assim...
tão dentro de nós, hoje
e nos nossos amanhãs.
Marisa de Medeiros