Olhos para os cegos

Olhos para os cegos

Marcos Olavo

Escrevi na linha do fingido dia,

Uma lenda salva de tapas ousadas,

Na voz de um personagem dopado,

Pela dor e a pior loucura.

Fiz nascer mais dias quebrados,

Na impossível compreender,

Em uma viagem dos sonhos,

Na descida desequilibrada.

Cada taça provada é a lamúria falada,

De um poeta crescido pelo o vento,

De um destino horrível,

Que conhece a imortalidade.

Conheci tudo em suas mãos,

Desfazendo a minha pouca culpa,

Assassinando meu motivo raro,

Que sabe nada sobre o amor.

Gostaria que viesse nesta tarde,

Pra levantar meu lençol azul,

Deixado pelo o pior inimigo,

Que tem dó de mim.

Conto o meu queixar límpido,

Na estrada inventada nesta hora,

Atropelando teu cego olhar,

Na neve em dias de verão.

Sensatos são teus planos caídos,

Numa cavada de desesperança,

Que vai te levar pra loucura,

Comprando tudo que é barato.

Eu não podia viver a pensar,

Que a vida pode passar,

Achando tudo questão de tempo,

Acreditando na fala de todos.

Existe um novo perigo nisso,

Neste oferecido prometido,

Na corrida contra a censura,

Dos absurdos escondidas.

Aprendo uma queda agora,

Lendo tudo que fizeste nessa fala,

Dos surdos agressivos,

Quando ninguém sabe.

Nesse sentido eu vou crescendo,

Na bela estupidez chegadas,

De tolos criativos,

Que não esperam nada.

Escrito por: Marcos Olavo

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 06/11/2011
Código do texto: T3320210
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