Cantares mergulhadas em surdos
Cantares mergulhadas em surdos
Marcos Olavo
Amargo golpe do destino em segredo,
Que revela medos cm dores amigas,
Tomada pela linha assustadora,
De cada som de voz enlouquecida.
Sentido nas juras em pé do sério,
Vendo todos acreditarem em um amor,
Que não podes achar em qualquer lugar,
Entre o desconhecido e conhecido.
O mundo em dor quis conhecer,
O sentimento que é invisível,
Que faz saber da imagem inocente,
Para os cegos e seus irmãos.
A mente aberta para todos os surdos,
Em cantares de sonetos de Shakespeare,
Elevando seus íntimos de olhos nus,
Na cultura da vida moderna.
O paralitico percebe o fingido,
Que tempo havia merecido,
Numa queda do destino assombroso,
Erguido pela a falta de falas.
Lábios dos sossegos dias faltantes,
A intuição de uma mão fantasma,
Na porta – voz do homem que sou,
Quebrando minhas sinceras verdades.
A própria ignorância te domina,
Fazendo uma mulher cega aqui,
Negando este amor raro nascido,
Em mares cantantes,
Em noturnos nossos.
Toco minha saudade neste cantar,
Pra você olhar sem perder a coragem,
Na hora do descanso dia,
Que é raridade deitar.
Não pode tratar assim um amor raro?
Você deve ser aprisionada nela em vez,
Seguindo teu sentido esquecido,
Que foi agredido pela a raiva.
Deves tocar esse mistério do seu dó,
Que é rebelde nessa melhor lembrança,
Que dança feito ondas revoltadas,
Que enxugam a pior cor.
A simpatia ler teus olhos silenciosos,
Através do mudo dito aqui,
Que passa a sua distraída vida,
Sem perceber o cantar voraz.
As cores não são mais coloridas,
Em saber de máscara de pedras,
Sendo jogadas na imprudência,
Das palavras carentes.
Mas a vida esmaga sua figura,
Em cada visão de um espelho,
Que sobrevive de você,
Numa árvore em um jardim,
Em total perdição.
Estas palavras não devem te acordar,
Nem pra sempre voltar neste tempo,
Que arde em febre presente,
No corpo de um mortal.
O sofrimento e a tristeza andam,
Pra essa infinita beleza,
Dos lírios reais do sorriso,
Que seguem qualquer feito.
Escrito por: Marcos Olavo
Nota: "O canto de Olavo, em amargas experiências..."