O ciclo

O dia devora a tarde
Com a insanidade de um bárbaro faminto,
Saliva vontade por todos os instantes e meios
E a língua é soberba por necessidade do instinto!

O dia tem uma pressa contínua
Desatina minuto a minuto
Uma coisa saudosa que alimenta a gente,
O dia tem uma boca tamanha
Que se arreganha feito serpente...

O dia devora a tarde
Na impressão de acabar de uma outra para outra,
Na verdade,  antecipa a noite
Que sem saciedade nenhuma
Devora a madrugada
Num ciranda louca...

Enquanto o orbe gira
O amor se responsabiliza
De tudo e de nada!

O meu olhar de bárbaro
Só se acalma
Com o entusiasmo da tua promessa.






Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 05/11/2011
Código do texto: T3318897
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