E os olhos também tocam…
Tornando por vezes excedentário o tacto
E por isso se te digo
“Vem comigo…”
Posso bem estar a dizer o contrário
Num apelo que o é
Sem o realmente ser
Porque te posso amar
E ao mesmo tempo
Não ter vontade sequer de te ver…
Porque quero que venhas
Seria a pior das demências tal questionar
Quero que venhas
Mas outras vezes
Não me apetece tocar
Apetece-me
Apenas e tão somente
Te observar…
Enquanto me perco nos mistérios estúpidos do Universo
Estúpidos porque estão demasiado distantes para os poder de facto decifrar
Enquanto tu estás a meu lado
Com uma eterna interrogação no olhar
Aquela que te indique
Se deves estar ao meu largo
Ou no meu solo tocar…