Os olhos tocam o céu limpo
Os olhos tocam o céu limpo
Marcos Olavo
Os olhos tocam o céu limpo,
De sua tristeza ferida,
Pela a maldade crescida,
De uma voz descida.
Você chora em toda hora,
Vendo o tempo voar,
Na majestade nova,
De todas as tempestades.
Um sorriso lhe falta agora,
Vendo tudo bravo em sua vez,
Percebendo a dor que causou,
Numa vestida antiga.
A bela nasceu o assustador,
Na tapa bem dada,
Na veloz corrida,
Em cada esconderijo.
Você cai às vezes,
Igual à ignorância gritante,
Que surgi de você,
No nascer de espinhos.
Você nunca alcançará,
O que espera tanto,
Pra contar a conquista,
Das ondas quebradas.
Finge o dançar outra vez,
Na espada usada por todos,
Numa querida desculpa,
Que não engana ninguém.
Um passo curto do tempo,
Assoprando dias surrados,
Pela falta de honra,
Que nada mais faz nascer.
Em algum lugar verá,
O olhar de uma águia menina,
Que desce o abismo infinito,
Tentando pousar errado.
Sem desequilibrar,
Ela vai dançar sem medo,
Mostrando que pode achar,
O encontro das aguas.
O bater das ondas bravas,
Achas tudo normal,
Na queda tocada de raiva,
Na face sem fúria.
Guerras de tempos achas,
Quando contempla,
Uma nova onda,
Cortando todas elas.
Pega com as mãos incerta,
Toda coragem gasta,
Numa pregada agressiva,
Que as marcas sangram.
Eu sei que você achará,
O que tanto procura,
Nessa escura estupidez,
Que você merece ter.
Escrito por: Marcos Olavo