FOI...
Foi... quando a noite cobriu-me com o seu manto
Que os olhos do céu piscaram com as estrelas;
Os meus sonhos tombaram em desencanto
Tropeçados por quem já não pode vê-las.
Foi... quando ouvi gritos vindo do além,
Com apelos incrédulas e irracionais;
Súplicas em lágrimas derramadas por alguém
Em meio a uma chuva de voados temporais.
Foi... na agonia plantada em meus poemas
Despejada do meu tépido coração,
Tendo o amargo sobre as lidas como temas,
Construídos na beleza da canção.
Foi... assim que vi meu mundo revirar
E ruir sob o rugido de um trovão,
Para aos poucos em minha alma brilhar
Um novo sol a bronzear-me a solidão.