FOI...

Foi... quando a noite cobriu-me com o seu manto

Que os olhos do céu piscaram com as estrelas;

Os meus sonhos tombaram em desencanto

Tropeçados por quem já não pode vê-las.

Foi... quando ouvi gritos vindo do além,

Com apelos incrédulas e irracionais;

Súplicas em lágrimas derramadas por alguém

Em meio a uma chuva de voados temporais.

Foi... na agonia plantada em meus poemas

Despejada do meu tépido coração,

Tendo o amargo sobre as lidas como temas,

Construídos na beleza da canção.

Foi... assim que vi meu mundo revirar

E ruir sob o rugido de um trovão,

Para aos poucos em minha alma brilhar

Um novo sol a bronzear-me a solidão.

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 30/12/2006
Código do texto: T331734