Quem

Quem dera,

o momento

fosse mais

que uma

quimera.

Quem dera

eu pudesse

ofertar-te

meu desejo,

liberto em

cada beijo.

Quem dera

eu sentisse

o calor

de tua vontade

e soubesse

da querência

que nos une,

como amantes

que Tânatos

não pune.

Quem dera

a saudade

nunca fosse

pequena

e cada

reencontro

fosse uma

fúria serena.

Quem dera

não findasse

o Canto,

não se quebrasse

o encanto

e a Poesia

replicasse

o acalanto

quem dera...

Para Cristina, minha poesia.