És a Maestria

Imensidão, raio de luz,

E um único botão se abre em flor

Declamando fragrâncias,

Rogando em esmeraldas mais uma gota,

Ao veludo da pele... Orvalho!

Cercada de azul,

Ébrios do silêncio entoam,

Trazem para o anoitecer claves, acordes,

Satélites que deslizam entre as faces

Maculando... Transcendendo desejos!

Como uma soprano,

Soa em pétalas toda voz

Vinda do peito, preito, do pranto em êxtase

Comungando as mãos, o ventre,

O dançar das íris... Entontece!

Da rosa cor de rosa... És a maestria!

Calando, sublimando, atenuando o espectro

Em tênues ensejos nascidos n’alma

Refletindo canduras, preces,

Orações de um âmago etéreo!

Auber Fioravante Júnior

04/10/2011

Porto Alegre – RS