Entalhes Nostálgicos

A meia luz,

Meu verso me é entregue

Pela solitude da quimera

Chegando em brisas primaveris

Regando entre as linhas, o jasmim!

Nos braços da poesia,

Ecoa em múltiplas estrofes e tons

Sentimentos que vibram com o aço,

No aço dourado do violino magico,

Soam sonetos enfeitiçados pelo tempo!

Divagares encouraçados pelas marés,

Ditam-me em entalhes nostálgicos

Toda a nudez da virtude, do colo,

Do retrato sutil marejado em beleza,

Quero-te condensada em vida, em prosa!

Sob a soleira,

Teu lábio vermelho me doa o morango

Fazendo do teu céu uma galáxia delirante,

D’onde a lua me embriaga criando torpores

Estrelados nas águas banhando a solidão!

Se eu tiver que pecar amanhã,

Quero amar-te pela eternidade!

Auber Fioravante Júnior

02/10/2011

Porto Alegre - RS