Bela da Maresia

Dos ventos,

Migraram as pétalas

Colorindo, inundando meu chão de giz

No pólen, no néctar, essência do cristal

Cantando baixinho pela face da poesia!

No horizonte a nau,

O despertar da lua chegando

Num místico balé solitário

D’onde seus raios elegem no píer

A dona da maresia encanta!

Teu longo vestir,

Mexe com as ondas

E com meu olhar que te sublima

Prosaica como às estrelas

Exibindo em brilhos o zodíaco da dor!

É hora de servir o vinho,

A flor te oferecer deixando a noite

Caminhar no silente das palavras,

Pairando entre os lábios,

Suavizadas pelas lagunas,

Entregues ao coração!

Auber Fioravante Júnior

29/09/2011

Porto Alegre - RS