Prisioneira do meu cérebro

Na noite da cidade imensa

Covardes atacam

Mais um,caminhando no nublado

Paradigma da insânia

Sou vítima e carrasco

Carrego pecado e absolvição

Na sujeira cinza do bairro

Casas enfileiradas,amontoadas

Em ruas traçadas por um bêbado

Para que ilusão?

O voto é um direito

Que o eleitor exerce contra si mesmo

A procura de pontas soltas

Lembro riscos e apagões

Razões que desaparecem no tempo

Não me faça ser

Um outro de você

Um outro igual aos outros

Que não pode ir

Além do verso

Além do gosto do desejo

A vida precisa de espaço

Não de antidepressivos

E limitações da sociedade

Ouço espíritos vagando

Escondidos no mato

Pedras amaldiçoadas

As emoções se perdem

Atrás das portas

Numa ponte de cordas

Não me faça ser

Um outro de você

Um outro igual aos outros

carlos assis
Enviado por carlos assis em 03/11/2011
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