Prisioneira do meu cérebro
Na noite da cidade imensa
Covardes atacam
Mais um,caminhando no nublado
Paradigma da insânia
Sou vítima e carrasco
Carrego pecado e absolvição
Na sujeira cinza do bairro
Casas enfileiradas,amontoadas
Em ruas traçadas por um bêbado
Para que ilusão?
O voto é um direito
Que o eleitor exerce contra si mesmo
A procura de pontas soltas
Lembro riscos e apagões
Razões que desaparecem no tempo
Não me faça ser
Um outro de você
Um outro igual aos outros
Que não pode ir
Além do verso
Além do gosto do desejo
A vida precisa de espaço
Não de antidepressivos
E limitações da sociedade
Ouço espíritos vagando
Escondidos no mato
Pedras amaldiçoadas
As emoções se perdem
Atrás das portas
Numa ponte de cordas
Não me faça ser
Um outro de você
Um outro igual aos outros