Nua Silhueta

Ao pôr do sol,

Entrego meu olhar divagador

Vislumbrando o exotismo da silhueta

Nua em palavras, etérea em lamentos

Marejados, calados a bom bordo do ventre!

Comungando histórias,

Elevo-me destinando cada verso meu

Ao preito voejando d’alma unilirica,

Navegante das lúdicas marés

Iluminando meu céu, devaneando alquimias!

Pelo metal das cordas,

Soa o mais nobre dos codinomes

Que só o âmago pode traduzir,

Semeando em cada canteiro

Um beijo rubro como a flor do sentir!

Amparado pelo tempo,

Me deixo encouraçar pelo vento

Trazendo em sonetos a sutileza do sussurro,

Do verbo anunciado em prelúdios

Escritos no içar, nos botões do sonhar!

Auber Fioravante Júnior

28/09/2011

Porto Alegre - RS