Oratório de Amor
Eu, rogo aos Deuses
Das artes, letras e rimas,
Mais uma estrofe de estirpe simples
Desnuda em áurea, cálice
E partituras que regem o anel!
A frente do oratório,
Pena e papel, meu rosário perolado
Divagando-te em beija-flores e codinomes
Perfumados pelo mar, pelas galáxias
Perpetuas no sentir de clarividência!
Amigo dos riscos,
Alço-me aos rabiscos tracejando,
Misturando alvéolos que transcendem
Da noite pela madrugada deixando
Entre os tecidos o quiçá da nudez idílica!
A música se desenvolve ao som das brisas,
Voejando pelas velas acesas
Desenhando em cada parede um culto,
Soberano ao sonhar, ao pescar de ilusões
Nítidas nas entrelinhas, nos veios da solidão!
Entorpecido pelo tempo
Deixou-me levar pelo pranto pequeno,
Respondendo aos versos este amor
Calado na alma, dor de esperança,
Preitos de fé abertos no peito no soar do roseiral!
Auber Fioravante Júnior
26/09/2011
Porto Alegre - RS