Eterna Dançarina

Do ato,

Nasceste, cresceste,

Desabrochaste em pétala flor!

O veludo violeta orvalhou,

Revelou-me mistérios, avessos,

Me doou em contas preces

Riscadas pelo alado corcel,

Entre as nuvens e as luzes do crepúsculo!

Teu lábio vermelho,

Inundou meu céu, me vestiu de poesia,

Traçando em purpurina sonhos de um poeta

Alimentado pelo sentimento que brota n’alma,

Como a semente eleita no meu jardim!

Os cristais reluzem

Deixando o olhar falar, verbalizar

O voejo das notas encantadas

No colo do ventre, na voz embriagante

Do silêncio entoando o amor!

Oh! Eterna dançarina,

Venha girar pelos meus palcos de crepom

Instigando metáforas, insinuando luares

Flutuantes entre as liras criando

Em arpejos, apelos apontados pelo coração!

Auber Fioravante Júnior

25/09/2011

Porto Alegre - RS