Amar, Simplesmente Amar



Adormecida  a tarde
Estende a noite  seu manto
Reborda o azul de estrelas
Convida  a  lua para brincar


Trevas ou doces sonhos
Sob a ótica de quem a vê
A escuridão do abandono
Ou realização dos planos

Espreita a lua as frestas
Invade os corpos ardentes
Trás lágrimas aos solitários
Prateia o doloroso calvário

Tantas vidas tantos corpos
Sonhos desfeitos amargos
Desejos fundidos no amor
Ou silêncio, pranto e dor

Invade a noite as vidas
Contidas em tolos preceitos
Momentos desperdiçados
Amores desencontrados

Aquece a noite as almas
Que se permitem sonhar
Sem medo ou qualquer conceito
Abole insanos preconceitos

Amar sem pensar no amanhã
Emprestar das estrelas o brilho
Permitir-se mil trilhos mudar
Amar, simplesmente amar. . .


(Ana Stoppa)
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 02/11/2011
Reeditado em 03/11/2011
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