Cárcere

Julgado fui com revés

Por algo supremo quiçá

A seres que são infiéis

Fiança pra isso não há

Destino é o Júri maior

Por pecados que eu cometi

Injustiça não há pormenor

No caminho da estrada que vi

Enquanto outra pena não vem

Admito ser merecedor

Caminho que volta não tem

E tampouco caminho sem dor

Paredes concretas que são

Existentes pra não se escapar

Qualquer tentativa é em vão

E baldada a se libertar

Sei, foste feito pra mim

Lugar onde hei de penar

Por quanto tempo não sei

Mas que fuga jamais haverá

Afligir-se não resolverá

Por amores que um dia se vão

Preso nas grades que há

Pelo cárcere de um coração

Prof Cristiano Cruz
Enviado por Prof Cristiano Cruz em 01/11/2011
Reeditado em 13/07/2021
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