FLOR EXILADA
FLOR EXILADA
Se em teu encanto sem reservas cativas
Ungindo francamente a intenção do amor
Eis que prostrado encanta-se o amante
Líbero escravo, ávido navegante
Iludido nos grilhões, pobre sonhador...
Que doce idílio em teu canto ativas?
Neste mar de prazer; que sereia és tu?
Que ao amor convertes habilmente
E à paixão seduzes, atilada, irresistível
O incauto ser que se entrega nu - a ti
Na delicada beleza espontânea e viva
A sensualidade que à mulher agrega valor
Anima e fascina, com alegre sedução
A quem, de ti, é modesto admirador...
A quem, de ti, não é merecedor!
A ti, sublime e exilada flor mineira
Dá-se, enamorado o poeta em rendição
Pretenso lírico farol de tua solidão!
Leopoldina, MG.