A razão do deleite
Um atraso de espera invade o tempo
toda a invenção é da pele morena
o envolvimento desaparece na madrugada
e nada de solidão...
A mágia da poesia vira a razão
e solta faísca no branco da folha
transforma cada palavra
na vontade da moça
que toda ela suspira
que em tudo ela me inspira.
Não prepara a boca nua
e na minha se veste da cor da lua.
Em plena viagem embaraçada
o gosto do arrepio de um vento frio
num vôo sem volta
de um rumo sem troca.
O ser mutável perde poderes
diante desse deleite
que incompleto
se despede da perfeição
e ganha a atenção de um gozo límpido
na fantasia do momento
nada se transtorna
a recordação do sentimento
é o que tudo se torna.