Um de amar
O ímpeto de amar transpõe o real. Constrói-se uma imagem por fixação do conveniente ou por idealização. Uma caricatura completamente moldada às mais íntimas expectativas. Com força e veracidade incontestáveis, ama infinitamente, mas nem tange, nem corrobora.
Ainda há o bom amor, o incondicional. Como se pudesse não haver condições. A necessidade de amar para mascarar nossas entranhas chorosas não seria uma restrição com proporção semelhante à retribuição que a mesquinhez requer?