SONOLÊNCIA
Quando nem adormeço,
Todos os meus sonhos
Sempre te sonham acordados.
Sempre que me entardeço,
Noites que me amam cansado
Não me adormecem. Sempre
Perco-me por teu endereço.
Sempre te pressinto ausente,
Em sonhos que desconheço.
Sonolenta, dormes tanto, e sempre
És noite — que não mereço.
És noite, e não durmo e te aborreço:
— Sempre, por insulto, procuro por ti,
Se te desperta o meu sonho acordado.
Poema integrante do livro "Outono Verde".
Quando nem adormeço,
Todos os meus sonhos
Sempre te sonham acordados.
Sempre que me entardeço,
Noites que me amam cansado
Não me adormecem. Sempre
Perco-me por teu endereço.
Sempre te pressinto ausente,
Em sonhos que desconheço.
Sonolenta, dormes tanto, e sempre
És noite — que não mereço.
És noite, e não durmo e te aborreço:
— Sempre, por insulto, procuro por ti,
Se te desperta o meu sonho acordado.
Poema integrante do livro "Outono Verde".