INVASOR
1
Circula essa dor num ponto de pausa.
Não te venho exigir desculpas
Pela saudade que me causas
Nas noites nas quais me insultas.
Não durmo. Mas te contemplo no bizarro
Sonho de amor — forjado a ferro e fogo,
(Teu adormecer é o blefe do jogo)
Na água efervescente de um jarro.
2
Nessas noites enfumaçadas de agosto,
Devasso tua janela e quase te beijo o rosto.
Obrigo que te acalmes e me deites
Ao teu lado. — Desfaleces no meu deleite.
Protejo-te porquanto sonhas multicor
O teu incrível sonho dourado de amor;
Talvez sonhes cândida como criança
A aquarela da vida, rósea esperança!...
3
Invado-te as narinas e, como prêmio,
Sou perfume e substituo o oxigênio;
Interfiro no sangue, quando te percorre
O gozo de quem grita e depois morre.
Nessas noites enfumaçadas de agosto,
Devasso tua janela e te beijo no rosto.
Poema integrante do livro "Outono Verde".
1
Circula essa dor num ponto de pausa.
Não te venho exigir desculpas
Pela saudade que me causas
Nas noites nas quais me insultas.
Não durmo. Mas te contemplo no bizarro
Sonho de amor — forjado a ferro e fogo,
(Teu adormecer é o blefe do jogo)
Na água efervescente de um jarro.
2
Nessas noites enfumaçadas de agosto,
Devasso tua janela e quase te beijo o rosto.
Obrigo que te acalmes e me deites
Ao teu lado. — Desfaleces no meu deleite.
Protejo-te porquanto sonhas multicor
O teu incrível sonho dourado de amor;
Talvez sonhes cândida como criança
A aquarela da vida, rósea esperança!...
3
Invado-te as narinas e, como prêmio,
Sou perfume e substituo o oxigênio;
Interfiro no sangue, quando te percorre
O gozo de quem grita e depois morre.
Nessas noites enfumaçadas de agosto,
Devasso tua janela e te beijo no rosto.
Poema integrante do livro "Outono Verde".