Sonata

Está tatuado n’alma...

A palavra semeada pelo vento,

O sentimento eleito pelo coração!

No quarto da lua,

O balé declina pelas cortinas

Inventando esculturas, magias,

Estros num devaneio etéreo!

Ao cair das pétalas,

As águas se encontram ardentes,

Criando em cada afago, um beijo,

Um olhar vislumbrando o mistério!

Como a caixa de pandora,

A penumbra saúda a pele nua,

Sonata crua, te sinto em volúpias

Instigando o sabor da fruta aquecida!

Pelo corpo teu,

A brisa canta desenhando na face

Oferendas, ribaltas que renascem

Ao calar das preces em comunhão!

De olhos marejados,

Entrego-me ao destino repousando

Colorido sobre a brandura do verso,

Sempre o verbo incondicional ao gostar!

No Balcão, o silêncio das taças,

Focado pela luz, o vinho, a esperança!

Auber Fioravante Júnior

19/09/2011

Porto Alegre - RS