OLHARES
Seriam — com toda crença sobre a terra,
Os vales, as dunas, os mares —,
Com toda clareza seriam teus olhares
Vindos de olhos perenemente verdes?
Seriam verdes os olhos proibidos
De remeterem para os meus olhos
O olhar primeiro, primeiro olhar
Há tanto medroso e fingido?
— Verde apenas, ou verde-oliva,
Ou verde-bandeira, ou verde-esmeralda?...
Fossem mansos olhos vindo de um verde estranho,
Verde escasso, raro verde-castanho!...
Todo o verde que assim surgido do nada
Encobrisse a terra, os vales, as dunas, os mares,
Juro por todas as cores e todos os olhares,
Nenhum verde posto de olhar futuro,
Verde algum, apesar dos pesares,
Roubaria dos teus olhos o verde mais puro.
Poema integrante do livro "Outono Verde"
Nunca um olhar me olhou como eu quisera.
— Bandeira Tribuzi — Poesias Completas.
— Bandeira Tribuzi — Poesias Completas.
Seriam — com toda crença sobre a terra,
Os vales, as dunas, os mares —,
Com toda clareza seriam teus olhares
Vindos de olhos perenemente verdes?
Seriam verdes os olhos proibidos
De remeterem para os meus olhos
O olhar primeiro, primeiro olhar
Há tanto medroso e fingido?
— Verde apenas, ou verde-oliva,
Ou verde-bandeira, ou verde-esmeralda?...
Fossem mansos olhos vindo de um verde estranho,
Verde escasso, raro verde-castanho!...
Todo o verde que assim surgido do nada
Encobrisse a terra, os vales, as dunas, os mares,
Juro por todas as cores e todos os olhares,
Nenhum verde posto de olhar futuro,
Verde algum, apesar dos pesares,
Roubaria dos teus olhos o verde mais puro.
Poema integrante do livro "Outono Verde"