VERDES
Resplandecente sobre mim, inculto,
O olhar verde, qualquer uso e desuso.
Diria, soberbo — que é um insulto!
Calmo, consentiria — sim, é abuso!
Olhos verdes, ora, olhos verdes
E perenes numa mansidão de colina
Deitados sobre mim, em cima.
Olhos mansos, verdes, obtusos,
Num chegar súbito, num convite incluso,
Para juntos balançarmos numa rede.
Calmos, miram-me com exatidão
E reclamam por nossa solidão,
Longa espera de tanto amor recluso.
— Enquanto, em minha vida, quem diria!
Apenas faltava por companhia
Teu olhar verde, manso, intruso...
Poema integrante do livro "Outono Verde"
Resplandecente sobre mim, inculto,
O olhar verde, qualquer uso e desuso.
Diria, soberbo — que é um insulto!
Calmo, consentiria — sim, é abuso!
Olhos verdes, ora, olhos verdes
E perenes numa mansidão de colina
Deitados sobre mim, em cima.
Olhos mansos, verdes, obtusos,
Num chegar súbito, num convite incluso,
Para juntos balançarmos numa rede.
Calmos, miram-me com exatidão
E reclamam por nossa solidão,
Longa espera de tanto amor recluso.
— Enquanto, em minha vida, quem diria!
Apenas faltava por companhia
Teu olhar verde, manso, intruso...
Poema integrante do livro "Outono Verde"